Intolerância Religiosa

Centenas de fiéis e líderes religiosos de diversas denominações participaram no dia 20 da 8ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. A mobilização teve como objetivo mostrar a convivência pacífica de todas as religiões e reivindicar atitudes do poder público para combater os crimes cometidos por causa do preconceito. 

O presidente da Comissão Estadual de Combate à Intolerância, Ivanir dos Santos, pediu também que os crimes motivados pela religião sejam investigados e punidos. Segundo Ivanir as delegacias têm de registrar esses casos como intolerância religiosa e não, como rixa de vizinho e desentendimento. 

Também, é importante esses casos chegarem até o Judiciário e ele tomar suas medidas. E o governo federal tem de fazer o Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Enquanto governo e sociedade civil não pactuarem uma forma de enfrentar a situação, o que está em risco é a democracia”, disse Ivanir.

Apedrejada na saída de um culto de candomblé em junho, a menina Kailane Campos, de 11 anos, participou da caminhada. Para ela, a violência religiosa nasce do sentimento de superioridade e de ignorância.

“Essas pessoas que fizeram isso comigo, com certeza acham que a religião deles é a certa. Eles dizem que a nossa religião serve ao diabo. Mas eles não sabem que o mesmo Deus que eles cultuam na igreja deles, a gente cultua na nossa também, mesmo que o nome [do Deus] seja diferente”, declarou.

O diretor da Sociedade Beneficente Muçulmana, Sami Isbelle, teme que a ignorância se reverta em violência contra os refugiados da Síria que tem chegado ao Brasil. Segundo ele, muitas pessoas não diferenciam a religião islâmica do radicalismo professado por grupos extremistas.

“O Brasil foi um local que nunca teve esse tipo de sentimento e hoje ele está presente de forma crescente. Não só na internet como também em vias de fato, nas ruas, principalmente contra as mulheres que se vestem com véu islâmico”, disse.


Também participaram da caminhada lideranças católicas, protestantes, espíritas, budistas, judaicas entre outras. Os participantes se concentraram na altura do Posto 5, de onde caminharam até a Praça do Lido.

Fonte: Agencia Brasil 
Colaborou tâmara Freire, repórter do Radiojornalismo
Edição: Welton Máximo , Ubiracy Santos , Gregory César

Comentários

  1. Realmente é triste saber que no século XXI pessoas não podem cultuar, no país onde a liberdade religiosa é permitida por lei, é lamentável que existam pessoas que não conseguem respeitar o próximo. mas como diz a Bíblia que no fim dos tempos "o amor de muitos iriam se esfriar"

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  2. O grande problema que ocorre, com a intolerância, é que as pessoas não aceitam as diferenças que cada um tem.

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  3. Respeito tem que vir primeiro que conceitos sem embasamento pois acabam se transformando em pré conceitos e na maioria dos casos levados ao extremos. Basta ser diferente do que se pensa para não ter o respeito. Muito baixa e mesquinha essa atitude.

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  4. O Brasil tem na sua concepção religiosa uma mistura tremenda , por ser parte de uma união de imigrantes de diversos continentes e por ser um pais laico , sem prejulgamento , cada religião tem a sua particularidade que deve ser respeitada , e cada indivíduo acredita naquilo que quer , sem distinção e seguindo a essência do ser humano assim evoluímos na sociedade.

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