Bruno Gagliasso presta queixa de racismo contra filha de dois anos

O ator Bruno Gagliasso foi à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática prestar queixa de racismo, na manhã dessa quarta-feira (16). Sua filha de dois anos foi vítima de comentários racistas na internet.
A denúncia surgiu no último fim de semana. A mulher de Bruno, a atriz Giovanna Ewbank, postou uma foto do casal com a filha no seu perfil em uma rede social. Uma pessoa escreveu a seguinte mensagem: "Você e seu marido até que combina, mas a criança que vocês adotaram não combinou muito, porque ela é pretinha e lugar de preto é na África". A mensagem foi apagada em seguida e o perfil da pessoa foi excluído.
“Não foi o primeiro, mas espero que seja o último. Que esse caso sirva de exemplo e eu vou até o final. A polícia vai achar e quem fez isso vai ter que pagar”, disse Bruno na delegacia.

Edição do dia 16/11/2016 Portal G1
Mônica Sanches
Rio de Janeiro


Como orientar os filhos sobre o Racismo? 


A psicóloga Renata Soifer afirma que é importante explicar aos filhos que algumas pessoas têm preconceito com quem é diferente delas, e que isso não se resume à cor da pele: a discriminação pode ocorrer por várias outras características, como nível de poder aquisitivo, religião, e forma física.

"O ser humano tem dificuldades em lidar com quem é diferente dele. Isso a gente não consegue negar, porque existe, mas aprende a lidar", explica. "O que ele precisa saber é que não é nem melhor nem pior do que ninguém devido às caraterísticas físicas dele, e que existem pessoas boas ou ruins de todas as cores, todos os credos, todas as classes sociais, todos os pesos."

A psicóloga ressalta que é importante ter em mente que, ao contrário do que os preconceituosos pensam, são nas diferenças que crescemos e nos enriquecemos, então é importante para a criança vivê-las. "Quando eu convivo com pessoas que são diferentes de mim posso aprender coisas novas", ressalta.

Tendo isso em vista, a especialista ensina que é importante dizer para a criança não ter raiva de quem foi preconceituoso com ela, mas mostrar o agressor apenas como uma pessoa "que não consegue conviver com quem é diferente dela, que tem medo do desconhecido".

Enfim, cada pessoa pode fazer a sua parte, acabando com qualquer tipo de discriminação que existe, com qualquer tipo de preconceito que sente, percebendo que todos nós somos iguais, independente de raça, credo, idade, condição social ou opção sexual. Esse é o primeiro passo para que cada um respeite os direitos dos outros. O direito de um acaba quando começa o do outro. E com a população conhecendo seus direitos e praticando seus deveres ela fica mais unida. E a voz que grita para que os direitos humanos sejam exercidos soará bem mais alta, pois já diz o ditado: “A união faz a força”.


Não vamos nos calar sobre esse tema. 
Ubiracy Santos



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